30 de janeiro de 2013

O frio, as meias e o bebê calorento

Faz frio em São Paulo há alguns dias. Os comentários gerais são de que nem parece que estamos em pleno verão haja vista a quantidade de pessoas de casaco andando pelas ruas.

As mães e avós mais antigas ( pelo menos as de meu parentesco), adoram dizer que os bebês devem sempre estar bem agasalhados, pq eles sentem muito frio, mais do que nós, adultos.
Lendo livros, sites e blogs a respeito, essa crença é parcialmente desmentida. De acordo com estudos, a síndrome da morte súbita do recém nascido pode ser prevenida por uma série de atitudes, dentre elas, não agasalhar demais o bebê.
É claro que o bom senso é o mais importante, e é ele q devemos ter como base.

Ontem na hora de dormir, meu pai comentou que estava muito frio pra César ficar descalço e como no dia anterior, colocamos meias no pequeno.
Depois de um pouco de luta com o sono , ele adormeceu. Resmungou um pouco, coloquei a chupeta, dormiu de novo. Um tempo depois, marido chegou e foi ver o pequeno que já tinha reclamado mais um pouco. Ele disse: acho que o César não gosta de ficar de meias, acho q ele fica incomodado... Eu respondi meio desdenhando que ele não gostava de ficar de meias e acabava achando que o bebê também não gostava. Mais um resmungo e eu prevendo que esta talvez fosse como a noite anterior emendei: podemos testar. Voltamos ao quarto e retiramos a meia. César só acordou pra mamar as 23hs e foi direto até as 6hs!!! :)



Eu já tinha reparado que o danadinho é calorento. Muitas vezes,estou de blusa e coloco uma roupa mais quentinha nele e quando vou ver a carequinha tá toda suada! O cobertor sobre ele não para. Eu cubro, viro as costas e quando volto tá tudo jogado no canto do berço, por isso quando está frio procuro colocar a roupa mais quentinha pra e precisar colocar o cobertor.

Como é difícil entender as necessidades dos bebês. São coisas simples, as vzs que são capazes de fazer vc perder uma noite de sono. Vamos ver se hoje será a mesma coisa.


29 de janeiro de 2013

Sou dentista mas estou com raiva de dentes

Nos últimos dias César tem estado bastante irritado por causa dos dentinhos. Baba, morde objetos e faz movimentos de irritação, apertando as mãozinhas e fazendo força.

A rotina que estava mais ou menos estabelecida ficou meio bagunçada principalmente na hora de dormir (claro) e as noites estão meio caóticas. Nessa noite, tenho a impressão que ele reclamava de cinco em cinco minutos, eu ou o Alessandro colocávamos a chupeta e ele voltava a dormir por mais um tempinho.

As gengivas estão inchadas e estou dando camomilina ( que o pediatra não recomenda, mas eu senti que ajuda sim) além do mordedor refrigerado que ele adora!
Mas não tem muita coisa que se possa fazer a não ser esperar os benditos dentinhos irromperem.

Me falaram do nenedent que eu como dentista não recomendo, por conter anestésico tópico ( aquela pomadinha que seu dentista passa antes de aplicar a anestesia). Acho artificial demais, a camomilina pelo menos é natural, ou pelo menos é o que dizem...

Então que estamos indo pra quarta noite mal dormida, papai mamãe e neném. E pra ajudar ele também não tem dormido muito bem de dia. Duas sonecas diárias já viraram só uma. Haja disposição pra ficar correndo atrás do pequeno q se num minuto está do teu lado brincando com qualquer coisa, depois que vc pisca ele já está do outro lado da sala!

Não mostro minha gengiva pra ninguém!

23 de janeiro de 2013

Oito meses e onde tudo começou

Dia 16, há uma semana, meu gordelo amado fez oito meses!!! Já engatinha profissionalmente e anda pra tudo que é lado com apoio, abre a boquinha e encosta no nosso rosto quando pedimos beijinhos, brinca de indiozinho quando encostamos a palma da mão nos seus lábios e faz um som de uuuuuuuuu..... uma delícia de criança.

Também tá chatinho por causa do dentinhos que estão por vir e  babando bastante, mas é um bebê muito alegre e cheio de energia.

Nesses oito meses aprendi um trilhão de coisas. Sobre o César, sobre mim e sobre nós. Nos divertimos muito, choramos também e dormimos pouco .

Lembro daquele primeiro dia em que ele veio todo lindo pro meus braços e agora já mal consigo segurá-lo sem que as costas dessa velha mãe reclame.

"Ele é tão calminho", disse eu ao telefone pra minha mãe, logo depois do parto. Eu era uma recém nascida mãe tão inocente! A médica, me alertou: a palavra mágica é "alta". E lá fomos nós pra casa, com um monte de gente esperando pra nos receber, todos querendo conhecer aquele pacotinho branquelo e de olhinhos puxados (naquela época ele tinha).
Chegamos e na primeira vez que fomos trocá-lo ele nos deu um jatinho de xixi de presente. Mas cinco segundos e uma rajada de cocô. Rimos feito bobos e passamos o dia entre os familiares, cansados e com sono, mas felizes.

Na hora de dormir, coloquei César no berço e fui me arrastando pra cama querendo correr pro meu travesseiro. Deitei. Um segundo depois: nhé! Ele reclamou e eu como exímia mãe  de primeira viagem, corri pro quarto. Olhei e ele estava inquieto, choroso. Peguei no colo e sentei na cadeira de amamentação. Ele estava trocado, amamentado e quentinho. Do jeito que minha mãe ensinou. Mas não queria ficar no berço. Tentei mais uma, duas, três vezes e todas eram iguais. Quietinho e dormindo no colo, desperto e choroso quando colocado no berço.  A falta de costume de ouvir choros madrugada adentro e o cansaço pra ficar tentando mante-lo no berço fez com que eu passasse a primeira noite com ele nos braços. Cochilei algumas vezes, mas o medo de derrubá-lo caso dormisse era maior. Foi a nossa primeira noite em casa juntos. Insone e preocupada, especial e inesquecível. 



Fazendo pose no dia que saiu do hospital


Em tempo: a lembrança do papai é de que ele não deu trabalho na primeira noite. ¬_¬

22 de janeiro de 2013

Herança de preocupação


Acho que toda mãe fala quando somos criança ou adolescente e queremos fazer alguma coisa que as preocupe ou que não concordamos com a opinião materna delas: você vai ver quando tiver seu filhos!
Eu sempre respondia que não ia saber porque nunca ia ter filhos. E nisso o cuspe explodiu no meio da minha testa e hoje eu entendo perfeitamente o que minha mãe queria dizer com isso.

Quando César nasceu, eu tinha visões derrubando meu filho do nada. Sonhava (nos poucos instantes que conseguia dormir) que ele estava nos meus braços e de repente, meus músculos falhavam e meu bebê caia no chão. Tinha neuras terríveis e ficava atormentando o Alessandro ( pai do meu gordelo lindo and meu marido) achando que ele poderia derrubar o pobre neném. Isso quando não achava que poderia afogá- lo no banho, ou que ele rolaria da cama enquanto eu me virava pra pegar a fralda, apesar do bebê mal mexer braços e pernas, quanto mais se virar.

Tive medo da reação das vacinas, da morte súbita do recém nascido (livrai todas as mães dessa tragédia, amém) e do bebê asfixiado com o refluxo, entre outras tantas que agora nem me lembro.

Uma vez, César estava se esgoelando depois do banho e do nada parou e ficou com os olhos parados (eu vi isso, juro). Eu dei um grito e uma chacoalhada: Filho! 
Nessa até minha mãe se vingou de anos comigo falando que ela era doida de tanto inventar preocupação e disse: Nossa, mas que exagero, filha! Ele tá bem!

César e a vovó 
Então pude entender as " bobagens" de minha mãe. Não, realmente não existe amor maior, sem limites e mais apavorante que o amor sentido por um filho. E não existe tamanha preocupação quanto a que temos em querer fazer direito e o melhor por eles.

Fico esperando o momento em que César vai querer fazer alguma coisa que me deixe muito preocupada, tipo a primeira excursão da escola ou mais tarde quando adolescente, querer comprar uma moto ou pular de pára-quedas (ainda bem q tá longe), e eu ficar querendo dizer não e ele dizendo que é bobagem q eu sou exagerada pra poder dizer na minha vez: vc vai ver quando tiver seus filhos!

14 de janeiro de 2013

Por que escrever?

Pensando bem, pra que escrever sobre maternidade e a falta de sono neste mundo, quando todas as pessoas a sua volta tem bebês que dormem 8 horas ininterruptas? Pra que falar de olheiras e das experiências mais diversas com bebês acordando de hora em hora ou a cada duas horas e contar que nunca precisou acordá-lo pra mamar quando recém-nascido porque ele sempre acordava antes? E ainda, porque compartilhar que ficou 7 meses sem dormir mais de (quando com muita, mas muita sorte) 4 horas seguidas?
Talvez pra querer fazer as vezes de "a" diferente. A pobre coitada que o filho não dorme.

A verdade é que o único lugar onde compartilhei da experiência de ser mãe de bebê que não gosta de dormir foi na blogosfera matérnica. No mundo real, só ouvi foram coisas do tipo: o meu dorme que é uma beleza! Ou: Só dorme! E, é tão calminho(a)!

E você se sente sozinha no mundo, porque parece que só você pariu um filho que não gosta de dormir. Porque enquanto você pesquisa como é o sono dos recém nascidos, encontra que o comum é dormirem umas 18 horas e seu filho, somando sonecas e tudo alcança no máximo 12!!! E um diz que ele tem fome, o outro que ele tem dor e você tem vontade de se jogar pela janela com baby blues e tudo.

Então que esse blog é pra contar como são as coisas do lado de cá do mundo dos sonhos. Compartilhar métodos, evoluções e episódios engraçados sobre a falta de sono dos nossos babies e a nossa falta dele devido a preocupações pertinentes a essa vida maravilhosa e doida que é ser mãe. Para mamães de bebês que querem aproveitar as 24 horas do dia e pras mamães (sortudas) de pequenos dorminhocos!