Parte 1 aqui.
Fui levada de maca até a sala de recuperação porque não tinha nenhum quarto de parto normal disponível.
Fiquei por lá, acho que uma hora, não sei dizer ao certo.
Me deixaram num cantinho, onde fiquei meio esquecida junto a roupas de cama. Nem num box de recuperação me deixaram. Foi num canto da sala mesmo.
As contrações já estavam bem desagradáveis, mas estavam espaçadas, acho que de 3 em 3 minutos e dava tempo de recuperar até chegar a próxima.
De repente lembraram de mim. Um enfermeira muito atenciosa veio e me levou até a sala de parto normal.
O quarto era grande e bonito, a esquerda tinha um banheiro com hidromassagem e no meio a cama.
A enfermeira me disse que a minha médica já estava chegando e que eu poderia descansar, relaxar.
Depois de uns minutos, chegou a assistente da minha médica, o que me deixou preocupada, pois achei que a minha GO não viria, mas a médica assistente disse que Dra. Taís já estava vindo. Fez o exame de toque, ainda 5 cm de dilatação, mas ainda não encaixado. Eu pensei: "caramba, já estão chatas essas contrações e nada de dilatação!"
Duas semana antes eu já estava com 3 cm e não sentia absolutamente nada. Agora eu já estava sentindo uma dor mega chata e nem um centimetrinho a mais?E esse negócio de não estar encaixado? Só me falta uma cesárea a essas alturas....
No meio dessa divagação, fui interrompida pela assistente que sugeriu que eu fosse relaxar na hidromassagem e esperasse, porque agora era só isso que poderíamos fazer.
Eu pensei: "sentar na banheira e relaxar vai ser impossivel". Nessa hora eu já mal conseguia sentar pq eu sentia uma pressão horrorosa toda vez que vinha a contração e precisava ficar de pé na hora. Dentro de uma banheira ficaria pior com certeza.Mas fui eu lá, lembrando que alguém tinha me dito que deixar cair água nas costas aliviava a dor na contração.
Enchi a banheira com um palmo de água e me sentei. Ruim a sensação. Eu não conseguia sentar exatamente e ficava meio de lado, ancorada na coxa. E foi alternado o peso entre uma coxa e outra que *PLOFT* senti a maior dor da minha vida explodindo dentro de mim.
Soltei um grito tão alto que meu marido que conhecia até então só o meu lado contido, batesse rápido no botão de emergência pra alguém vir me acudir.
Ele estava assustado, mas a enfermeira disse que era assim mesmo e a médica queria de novo ver a dilatação. Mas depois daquele primeira dor horripilante, tudo passou a ser trevas. Contrações com dores lancinantes de meio em meio minuto e a bendita médica querendo me cutucar! "Não dá". Eu dizia de mau humor e logo vinha outra contração e mais uma tentativa da médica. "deita aqui". Mas toda hora que vinha a contração eu precisava levantar. Simplesmente eu não conseguia ficar deitada. E gritava, como gritava. O termo "partolândia" que eu tanto tinha lido, existia. E pra mim é simplesmente um lugar onde não se pensa em nada. Vc só sente. Nem pensar em anestesia ou cesárea eu pensava. Eu só estava "curtindo" a dor.
Continua....
19 de maio de 2013
16 de maio de 2013
Um ano e o relato de parto parte 1
"Meu chefe me expulsou do trabalho no dia 11 de maio de 2012, sexta feira, dizendo que não queria ver a minha cara por lá na semana seguinte. "Não quero fazer parto na bancada do consultório de dentista" disse ele. Eu estava de licença maternidade a partir do dia 15. Isso me preocupou porque não queria "perder" um dia da licença antes de meu filho nascer.
Quarta feira, 16 de maio, fui a aula de ginastica e hidroginástica para grávidas, que vinha freqüentando desde o quinto mês, mas que tinha dado uma parada nas ultimas 2 semanas.
Acordei as 7, fui pra aula, tirei fotos com as amigas gestantes e nos "despedimos". Eu estava de 39 semanas, com indução marcada pro dia 19, sábado.
Voltei da aula e resolvi dar uma forcinha pra ver se acelerava a situação e subi 6 andares de escada :)
Tomei banho e me deitei um pouquinho. Era 10 da manhã e bingo! Primeira contração. Oito minutos depois, mais uma e depois de 7min, outra. Chamei meu marido ( q na época ainda não era marido), e disse: Acho que vai ser hoje! Vamos esperar mas um pouco pra ver se as contrações estão regulares e vemos o que faremos.
As contrações continuaram e começaram a ficar em menor intervalo, de 5 em 5 min e depois de 3 em 3 min. Ele perguntou se eu queria ir pro hospital e eu disse que não, que ainda era cedo e que tínhamos que fazer várias coisas, a casa estava bagunçada, eu ainda não tinha levado minha licença maternidade pro trabalho, etc,etc.
Lavei uma pilha de louça, meu marido passou o aspirador na casa, arrumamos mais ou menos tudo, revisamos a mala da maternidade e lembramos que tinha um terno pra pegar na lavanderia.
Pegamos o terno, passamos no meu trabalho e deixamos o papel da licença. Era 13:30 e as contrações apertavam.
"Agora podemos ir", eu disse, pq o hospital era no centro e tínhamos no mínimo meia hora se o transito estivesse muito bom.
Chegamos as 14:30 no pronto atendimento e eu nunca vi um negocio tão sem critério. Estava eu lá, com contrações de 3 em 3 min, minha barriga se revirava em forma de 8 a cada contração, enquanto a outra gestante com dor na unha, era atendida antes de mim.
Algumas reclamações do marido depois, fui pra sala de cardiotocografia ( pra ver se estava tudo bem com o neném). Tudo certo, depois de darem uma buzinada na minha barriga e o coitadinho do César dar um super pulo. "Cinco cm de dilatação", informou a enfermeira, já ligando pra minha médica e dizendo que " ia evoluir rápido, pq ela é oriental". Só fiquei sabendo que orientais tinham trabalho de parto mais rápido naquela hora e achei ótimo, pq as dores estavam bastante chatas... Continua
7 de maio de 2013
Sobre o tempo e o que vc (não) quer fazer com ele
Das mudanças que acontecem depois que se tem um filho, o tempo com certeza é uma das maiores, se náo for a maior.
Eu esperava que com o passar dos meses eu conseguiria administrar melhor, mas morando numa cidade e trabalhando em outra, fica realmente difícil administrar o tempo de modo satisfatório.
Enquanto César está acordado ( e sabemos que a pessoinha não é muito de dormir) o tempo é dele. Até porque mesmo que eu tente, não consigo fazer nada por mais de 2 minutos sem que ele me interrompa. Se é alguma coisa no computador então, não consigo nem por meio minuto sem que antes ele não comece a bater nas teclas e revirar tudo. E aí eu acabo me irritando e colocando a galinha pintadinha pra poder resolver coisas urgentes.
Me sinto mal por isso. Pra mim é muito estranho alguma coisa que congele meu filho em frente a TV por mais de 20 segundos sem que ele se distraia no meio do caminho. Mas eu confesso que tem horas que se eu não colocar a bendita galinha azul , enlouqueço.
Depois q o baby dorme e penso que finalmente farei alguma coisa pra me distrair, tipo ficar de bobeira na internet, ler notícias e blog que gosto, geralmente tem uma pilha de louça ou roupa pra lavar e recolher do varal, isso quando não acabo capotando do lado do César.
E aí a pessoa que vos fala fica se sentindo sem espaço no mundo. Acho que pq eu ainda não me acostumei com o fato de ter que me programar pra fazer até pra ficar de bobeira.
Na ida para o trabalho, vou de ônibus, que alias é de onde escrevo agora. As vzs tem Wi-fi, as vzs não,então não dá pra contar muito com isso, afinal eu não tenho celular decente com acesso a internet :O
O que fazer quando se tem em casa um furacãozinho sem hora pra dormir e com energia de sobra?
Eu esperava que com o passar dos meses eu conseguiria administrar melhor, mas morando numa cidade e trabalhando em outra, fica realmente difícil administrar o tempo de modo satisfatório.
Enquanto César está acordado ( e sabemos que a pessoinha não é muito de dormir) o tempo é dele. Até porque mesmo que eu tente, não consigo fazer nada por mais de 2 minutos sem que ele me interrompa. Se é alguma coisa no computador então, não consigo nem por meio minuto sem que antes ele não comece a bater nas teclas e revirar tudo. E aí eu acabo me irritando e colocando a galinha pintadinha pra poder resolver coisas urgentes.
Me sinto mal por isso. Pra mim é muito estranho alguma coisa que congele meu filho em frente a TV por mais de 20 segundos sem que ele se distraia no meio do caminho. Mas eu confesso que tem horas que se eu não colocar a bendita galinha azul , enlouqueço.
Depois q o baby dorme e penso que finalmente farei alguma coisa pra me distrair, tipo ficar de bobeira na internet, ler notícias e blog que gosto, geralmente tem uma pilha de louça ou roupa pra lavar e recolher do varal, isso quando não acabo capotando do lado do César.
E aí a pessoa que vos fala fica se sentindo sem espaço no mundo. Acho que pq eu ainda não me acostumei com o fato de ter que me programar pra fazer até pra ficar de bobeira.
Na ida para o trabalho, vou de ônibus, que alias é de onde escrevo agora. As vzs tem Wi-fi, as vzs não,então não dá pra contar muito com isso, afinal eu não tenho celular decente com acesso a internet :O
O que fazer quando se tem em casa um furacãozinho sem hora pra dormir e com energia de sobra?
2 de maio de 2013
Das mudanças que ocorrem depois dos filhos
Eu não estou falando da privação de sono. Nem do corpo que ainda não voltou ao "normal" e nem do amor arrebatador que sentimos pelos nosso bebês.
Memória e concentração.Eu sou uma dessas pessoas que se preocupa em ouvir e dar atenção ao que o outro fala.Fico extremamente irritada com aqueles que só gostam de ouvir o som da própria voz e não deixa e não dá atenção ao outro. Ou ainda aqueles que ficam olhando vc falar e quando vc termina, pergunta exatamente aquilo que vc acabou de dizer.
Então que nasceu de mim um ser e já na gravidez eu andava tendo lapsos de memória. Daí por diante foi só aumentando. Eu não sei se foram os hormônios que dissolveram minha capacidade de concentração ou se foi a privação de sono ou o fato de eu estar 24hs com alguma coisa sobre meu filho na cabeça. O fato é que vira e mexe me pego olhando pra alguém e ouvindo exatamente nada do que a pessoa diz. Muito chato. E por mais que me esforce, não é mais a mesma coisa. Too bad.
Será que existe algum chá pra isso? Ou será que só é mais uma prova de que quando vc critica os outros e cospe pra cima sem nem saber os motivos, acaba sendo alvejada de custes na testa?
Memória e concentração.Eu sou uma dessas pessoas que se preocupa em ouvir e dar atenção ao que o outro fala.Fico extremamente irritada com aqueles que só gostam de ouvir o som da própria voz e não deixa e não dá atenção ao outro. Ou ainda aqueles que ficam olhando vc falar e quando vc termina, pergunta exatamente aquilo que vc acabou de dizer.
Então que nasceu de mim um ser e já na gravidez eu andava tendo lapsos de memória. Daí por diante foi só aumentando. Eu não sei se foram os hormônios que dissolveram minha capacidade de concentração ou se foi a privação de sono ou o fato de eu estar 24hs com alguma coisa sobre meu filho na cabeça. O fato é que vira e mexe me pego olhando pra alguém e ouvindo exatamente nada do que a pessoa diz. Muito chato. E por mais que me esforce, não é mais a mesma coisa. Too bad.
Será que existe algum chá pra isso? Ou será que só é mais uma prova de que quando vc critica os outros e cospe pra cima sem nem saber os motivos, acaba sendo alvejada de custes na testa?
Assinar:
Comentários (Atom)